"todas as minhas conviccoes nao eram, na verdade, conviccoes, mas apenas pressentimentos, porque eu nao podia provar as minhas impressoes perante mim mesma" Dostoiévski, Nietótchka

domingo, novembro 06, 2005

adapte. capte a censura. virgule, ponteie, pisque. edite. jogue-a fora, after you used her. magoe menos, mas machuque. e escreva. acenda duas vezes, e apague! faça. impere. mude. pq vc esqc?
vc nao é meu interlocutor, saiba. vc representada nada. pra quem?! dirigo-me a mim, esse sim, maior desconhecido.

sábado, novembro 05, 2005

.apresenta�?o

Este texto � a muta�?o de um trabalho inacabado e nunca apresentado para a disciplina de Teoria da Comunica�?o II, ministrada por Maria Eduarda da Motta Rocha. Ele deveria consistir na an�lise, baseada no texto Mitologias, do franc?s Roland Barthes, de uma cena de Dogville. Sobravam, entretanto, muitos significantes e significados a serem descascados e, por isso, o texto empobrecia. Voltar ?quele trabalho e conclu�-lo foi umas das id�ias, a primeira inclusive, para a provoca�?o que � este trabalho monogr�fico. O texto, a id�ia, a estrutura, a cena a ser analisada, a bibliografia, a metodologia e v�rios pormenores do trabalho original tiveram de ser revistos e, posteriormente, o pr�prio foco do trabalho foi alterado. De um trabalho quase semiol�gico partiu-se para uma an�lise de cunho mais sociol�gico. A filosofia tamb�m reivindicou seu lugar, assim como a psican�lise. E era preciso completar a mesa com teorias teatrais e cinematogr�ficas. A linguagem do cinema tamb�m precisava sentar-se. Caos. Distanciamento de objetivos.

A solu�?o seria concentrar-se no que era essencial. Voltar�amos, ent?o, ao conceito de arte. Perguntei-me in�meras vezes no que ela consistiria. �O que � arte? E sua fun�?o, qual �?!� Como cr�tica, de que adiantar� minhas palavras? E minha resposta norteou a an�lise do filme. Ela, al�m de ser a pr�pria an�lise, tornou-se respostas pessoais ?s perguntas que puseram abaixo as outras id�ias anteriores a ela. � resposta, � proje�?o, � tentativa, � um luxo: � usar as palavras e codificar, quando o imperativo corre na contram?o. E pouco se importar.

quarta-feira, outubro 19, 2005

sobre o movimento estudantil

o acordar

surtada, insone, fudida. olhos inchados clamam por mais uma palavra d�cil. "nao, por favor". apesar de minhas s�plicas ela senta-se na cadeira ao meu lado e chama meu nome. ela, cuja voz me embriaga, chama por mim de novo. tem de ser agora, voce sabe disso! � verdade, minha pequena, eu soube que nao teria mais tempo e, ainda assim, tentei.

ent?o entram luzes, o ar p�ra, ambiente quente. mais cafe�na e nicotina logo pela manha. mais �lcool para sarar a dor que n?o pode ser interrompida - sim ela pe muito importante, muito potente... sublime. Fechar os olhos por um �ltimo instante de calma; momento ainda meu, exato para estar, incerto, ins�lito, emergencial. E imagino. E penso. Fracao de segundo eternizado para as outras vezes em que lembrar-me de algo qualquer. n?o importa o objeto, nao saliento nada de relevante, nao quero ser mais importante de novo. e fim para meu �ltimo suspiro na cama.

come�a mais um dia de luta.
e o que ser� que ser�, que ser� que ser�?
(ai dessa est�pida ret�rica)
renovacao. concordar e excecutar. "quem pode mais que eu", ela fica perguntando-se. (risos do autor). brincou com os outros, atuou de idiota, doistoi�vsk que reescreva-se, e acreditou ingenuamente que mudaria alguma coisa.

analisando as conjunturas indaga: "o que?" algo a ser refeito, querida?! (claro: eu quem pergunto)

interrup�oes

segunda-feira, outubro 17, 2005

Depois da Terapia - Rejei�?o

.ainda no diva

a campanhia toca e eu menciono. mais um sinal do medo que tenho da rejeicao. sorrio de leve como quem n?o importa-se, mas aquelas palavras de despedida machucam-me. nunca tenho o bastante, � verdade. e sou ingenua o suficiente para acreditar nas mentiras que contam-me.

meu trabalho de parto foi for�ado e dolorido. nasci prematura e estou aprendendo equilibrar-me nos p�s. n?o sei em que mao segurar. s� aprendi a dizer: "nao me use novamente!"

sexta-feira, outubro 14, 2005

em caso de fim

em caso de fim


aqui. nao sei se estou ou se passo. tbm desentendo muitas outras coisas. questiono a existencia de c�u e inferno, se voc? franze a testa agora. tamb�m estou preocupado, nso sendo eu, entretanto, o objeto de tal sentimento.

morri? talvez eu nem saiba. o que torna esse misterioso fato tso diferente e aliciador � sua porcao de desconhecido. por esse mesmo motivo me embriaguei e fiquei fora de mim. assim tamb�m estasiei-me durante sess?es de terapia e jogos de volley. descobri-me. que h� al�m disso para se fazer?!

todos os poetas, fil�sofos buscaram a essencia e eu encontrei-a em mim, imensur�vel que �. e ca�, entao, na tristeza, visto que tantas coisas e outras. visto que nem mesmo eu era eu, sabendo que eu era essa pessoa de mim que sempre fui. acreditei na veracidade do fato: � necess�rio anular-se para viver em sociedade. e o suic�dio anularia a factualidade disso. nao anular-me-ei em prol de porra nenhuma. sofri e sofro. sofrerei ainda?

suas atitudes n?o merecem mais explica�?es... foda-se

"foda-se"
perdi a conta das vezes que desejei tal. perdi a conta tbm porque eu ja nao quero contar mais nada e saber de mais nada. banquei a respons�vel. ai... banquei? pode ser que nao. pouco importa quando eu sei que nao fui. eu sou o cavalo atropelado a beira da estrada deserta. foi suicidio. foi paixao pela vida, pela adrenalida que Ela causa e provoca.

s� queria dizer que quero leite, pao e queijo para o caf� da manh?. solto um put a keep a real e ningu�m me escuta, ningu�m importa-se. colo... olhares... toques... sorrisos... todos embrulhados com mist�rio perdido. foram classificados como obssessivos, enquanto eu os exclamaria verdadeiros, necess�rios!!

mas voc? ignorou, apesar de hesitar. � uma pena, nao?!

sobre aline

passado?

ela reclama e eu dou corda para sua irritacao. quero-a?! ainda nao sei. diria ?s pessoas que "nao vale a pena arriscar a amizade que constru�mos por uma ficada" e condordo com esse ponto de vista, com esse meu modo de enxergar a situacao. entretanto, e sempre haver� deles, de certa forma eu quero-a ineg�velmente. percebe-se pelo jeito que paquero sua foto e divirto-me com seu jeito. denuncio-me atrav�s de olhares e gestos?! talvez ela entenda simplesmente que eu sou assim. e sou mesmo, mas me aproveito desse jeito de ser.

baixinha, ela fala pelo nariz e ri por ele tbm. linda. engra�ada. compat�vel, poderia dizer se acreditasse. mas nao acredito. talvez por simplesmente n?o querer convencer-me das evidencias. eu nao sei, nem quero saber. instintos rugindo forte, alto... e agora?!

terça-feira, outubro 04, 2005

o recado em forma de resposta de prova

.da necessidade da arte, seja ela quem ou o que for

preciso ou quero? vic�o incont�vel tamb�m �s, indefinida amante. como espelho, declaras a mim uma face. sinto-a. e ofereco-te em troca uma construcao: o self. quem se representa ou � representado? penso... h� uma necessidade apenas: desejar. e minha certeza � que �s Tu a mais desejada.

(eis o recado em forma de resposta de prova)

sexta-feira, setembro 30, 2005

outra fase com novos desejos

embriagar-se. precisar do �lcool para dizer. gostar de dizer. coisas simples que complico inadvertidamente. quero e n?o estou com medo, quer que repita quantas vezes?!

quinta-feira, setembro 29, 2005

ponto final

ponto final

so sorry, girl
didn't mean to hurt you!
but it's done anyway.



ela muda o temperamento da escrita de acordo com o humor. pode parecer �tima, outras vezes peercebo que nao. se soubesse como melhorar sua situacao... parece uma pena, mas, pra mim, talvez tenha sido um al�vio. nao posso dar o que ela quer sempre e sempre e sempre. "let go"

segunda-feira, setembro 26, 2005

m�goas empoeiradas

m�goas empoeiradas


cospe o teu gosto na camisa suada
chora o teu pranto em silencio, eu n?o quero ouvir
cansei de escutar tua voz
meus ouvidos decoraram os movimentos da tua l�ngua, o que ela dir�
voce que me conquistava, agora causa-me enjoos
e me perdoe por ser grossa

foda-se de novo e v� estudar matem�tica mais um pouco
d? seus murros sem sentido na parede e finja que est� tudo desigual
viaje, voce precisa tanto quanto eu da distancia
liberdade para gritar sem punicoes
verdades que nao devem ser ditas ate a hora da despedida
ate quando nao nos veremos mais
e talvez estejamos livres um do outro, pai

domingo, setembro 25, 2005

SUFICIENTEMENTE IDIOTA

SUFICIENTEMENTE IDIOTA
**antes de segunda-feira passada

algumas coisas saem sempre errado, como nao quer�amos. se eu acabaria, se eu tomaria atitudes, se eu madaria se fuder e pronto... provavelmente nao. disse, no entato. pior: cobrei. isso faz de mim uma m� pessoa? fico na d�vida. como muitos, eu nao confio em mim, nao me perdoo; mas continuo sem preocupar-me. que ang�stia � essa? � poss�vel tanta desvontade? at� quando aguentarei essas sufocantes madrugadas?

prendo a respiracao. depois de alguns poucos segundos imagino-me no chao, morta. desespero e entrega sao, na verdade, representates da pouca forca de vontade. "at� para isso eu nao sirvo", penso durante a hesitacao do arrependimento. volto as minhas tentativas suicidas. seguro por pouco mais de tempo e cedo. Freud diria ser um instinto de autopreservacao.

deixando as v�rias pulsoes de lado, posso falar de desgosto, de desvio, medo, raiva, ressentimento e falta. eu sou uma lacuna a ser preenchida por um outro. lacuna que nao conhece as interacoes socias, nao gosta delas, quer distancia e apenas sublima, rouba, escuta, grita e se fecha. o instintino passa, entao, a funcionar melhor! como pode?!

atiro pedras. tenho pecado? esqueci-me o que � moral e �tica. esqueci porque faco ru�dos, porque quero atencao. causas. consequencias. irresponsailidades. eu nao consigo. sou alvo e nao dardo. sou seta ao inv�s de chegada. sou? terremoto e pingos de uma torneira quebrada na cozinha. adeus milhoes de vezes. quero ter a quem dizer adeus. quero que as tantas despedidas adiem a hora da sa�da. mas nao quero tamb�m. nao h� explicacao ou pedidos. parei de desejar.

espera por mim? eu tenho coracao, apesar do que te faco. nao tenho tempo, nao tenho verdades. tenho uma musica ecoando fora do tom, ja possu� uma garota desconhecida que gostava muito de mim, guardei um sentimento de madeira no armario para nao mais sentir e agora as horas parecem estar escapando. nao se v�, Eu...(suspiros) esquece. pode ir, baby! (risos)

Epilepsia Buseik (Setubal - Cde da Boa Vista)

Epilepsia Buseik

**
Lagrimas recepcionistas: "Bem vindo, sono! Voce esta atrasado". Ele balbucia, ja embrigado, palavras ininteligiveis, esquecendo-se o proprio nome.Tropeca algumas vezes antes de entrar , mas abraca-me com firmeza. E sai antes de completar uma hora de quietude.

Olho-o em sua covardia, com quem espera algo em troca. Na rua escura ele foge de taxi. Prefiro, no entanto, acreditar em outras coisas, nao por bondade, mas esperan�a. Suponho que ele passa mal, alguem o espera. Quem nao aguarda mais sua volta sou eu.

**
Pirar! Eu comeceia escrever sobre mim na terceira pessoa, como se houvesse perdido minhas referencias de sujeito ou se o Eu nao vivesse mais em mim. E Eu se solta, liberta-se e fica sendo observado, perseguido. Jugo-o ou admiro-o? Nao sei o quao critica sou. Se esqueci de me ser, com que parametros julgar-me-ei?

Cansa-te, alma. Agita-te ate que findem tuas for�as. Procuraras energia para manter teus olhos abertos e nao acharas. Dorme, entao. Descansa no meu lugar. Nao quero fechar os olhos e perder o controle novamente. Tenho medo de voltar a temer. Nao quero mais fugir com sempre acontece nesses sonhos, quando nunca corro o suficiente.

quinta-feira, setembro 22, 2005

rompimento

rompimento


esquecer... e se eu nao tiver a fim? e se isso tudo tiver errado e o mais certo for continuar a amizade, a cumplicidade e as conversas? e se, apesar de tudo que eu disse, eu admitir que sinto tua falta e que nao sei o que fazer. ainda tem, sim, teu gosto na minha boca. teu cheiro me tenta e escuto o som da tua gargalhada quando me falta um sorriso.


mas eu nao quero voltar atr�s. nao por orgulho, indecisao ou medo. eu gostei do que tivemos, mas nosso caso teve um fim. doloroso para voce. para mim, necess�rio. � preciso cessar a dor de ambos os lados. e eu me pergunto o que fazer e como tratar. eu pergunto-me como posso te fazer feliz de um jeito diferente, sem que voce me apague completamente da tua vida.


Desculpa - isso eu j� falei v�rias vezes e voce disse que nao era preciso. acredito que seja. pe�o perdao por te magoar e te deixar em peda�os. e voce ter� de fingir felicidade enquanto est� em frangalhos. olhar�s a dor como se nao fosse tua, a indesej�vel. a encontrar�s a noite, quando haver� ningu�m contigo para te enxugar as l�grimas. perdoa-me por te deixar s�. que monstro malvado que sou!

segunda-feira, setembro 19, 2005

"suicide note"

O texto do arquivo Sem T�tulo foi alterado.

Deseja salvar as altera�oes?

Nao

sábado, setembro 17, 2005

Muito Barulho

muito barulho por nada muitobarulhopornada mto barulho porn ada muito bar ulhop ornada mto fucking noise aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa lot of barulho

Damien Rice

/ouvindo: Damien Rice, Cannonball

There's still a little bit of your taste in my mouth
There's still a little bit of you laced with my doubt
It's still a little hard to say what's going on

There's still a little bit of your ghost, your witness
There's still a little bit of your face I haven't kissed
You step a little closer each day
That I can't see what's going on

Stones taught me to fly
Love, it taught me to lie
Life, it taught me to die
So it's not hard to fall
When you float like a cannonball

There's still a little bit of your song in my ear
There's still a little bit of your words I long to hear
You step a little closer to me
So close that I can't see what's going on

Stones taught me to fly
Love, it taught me to lie
Life, it taught me to die
So it's not hard to fall
When you float like a cannon-
Stones taught me to fly
Love, it taught me to cry
So come on courage
Teach me to be shy
'Cause it's not hard to fall

And I don't wanna scare her
It's not hard to fall
And I don't wanna lose
It's not hard to grow
When you know that you just don't know

Don't know
Don't know
Don't know

Dps do sol, um alivio mental ou um soco na boca do estomago. Preferi a 2a opção: Refletir mais um pouco - como se não bastasse a noite sem dormir.

Depois do sol, um alivio mental ou um soco na boca do estomago. Preferi a segunda opcao: Refletir mais um pouco - como se nao bastasse a noite sem dormir

----- Forwarded message ------
From: GUARANA, Deborah.
Date: 17/09/2005 19:12

the words came out wrong. this talking means bullshit. this heart was suppost to be mine... it isn't, sorry. there's no controls. in other words, I lost the controls - for real. i thought it would be different.

pressionei demais. tera sido esse o problema?
violentei-me sem ninguem perceber, discretamente. mas assim quis o ato.
escondida numa escuridao que nao conheces, amor
nao te apresentei a mim,
nao te quis comigo,
nao convenci-me de que valia a pena estar,
nao aprendi,
nao soube olhar nos olhos,
tambem nao conheci a verdade.

queres a ela?
tenho vergonha, pois ja faz tempo.
paradoxos
complexidade emocional,
perdao? nao, foda-se.
ou lagrimas.
onde esta a fronteira entre certo, errado?
honestidade, inverdade?

onde eu estou e onde me enxergas?
precisamos acertar o grau de nossas lentes

sexta-feira, setembro 16, 2005

pq?

Parar? Nao, foram apenas questionamentos, muita coisa dando errada sem que eu entedesse um flash, um instante um relance. Calei. Fechei portas. Fugi. Ninguem mais sabe quem sou eu. Eu me desconheci para invertar-me novamente. Despedi-me. Chorei ate nao poder mais. Atrasei-me para o compromisso que julgava mais importante por ter ido buscar futilidades na putaquepariu. "Desculpa, moca".

E voltei? nao, nao, nao... Contradicoes ecoam. Estou aqui, sem estar; seria esse o caso?! Que se danem. Quem se importa ainda?! Perdoes.

Gostei de ouvir umas palavras. Quem nao gosta de ter o ego massageado? Antes me acariciassem as costas. Sinto-me melhor agora. Sinto-me a melhor agora. Como sempre estive lutando para nao sentir-me. E abandono o tratamento. Eh isso a maturidade que queriam? Pois tomem-na para si. Eu desisto de me ser, nao quero mais conflitos, nao espero mais harmonia: submeto-me passivamente. Aclamo-me alienantemente. Depois, um dia, serei - espero.