"todas as minhas conviccoes nao eram, na verdade, conviccoes, mas apenas pressentimentos, porque eu nao podia provar as minhas impressoes perante mim mesma" Dostoiévski, Nietótchka

sábado, novembro 05, 2005

.apresenta�?o

Este texto � a muta�?o de um trabalho inacabado e nunca apresentado para a disciplina de Teoria da Comunica�?o II, ministrada por Maria Eduarda da Motta Rocha. Ele deveria consistir na an�lise, baseada no texto Mitologias, do franc?s Roland Barthes, de uma cena de Dogville. Sobravam, entretanto, muitos significantes e significados a serem descascados e, por isso, o texto empobrecia. Voltar ?quele trabalho e conclu�-lo foi umas das id�ias, a primeira inclusive, para a provoca�?o que � este trabalho monogr�fico. O texto, a id�ia, a estrutura, a cena a ser analisada, a bibliografia, a metodologia e v�rios pormenores do trabalho original tiveram de ser revistos e, posteriormente, o pr�prio foco do trabalho foi alterado. De um trabalho quase semiol�gico partiu-se para uma an�lise de cunho mais sociol�gico. A filosofia tamb�m reivindicou seu lugar, assim como a psican�lise. E era preciso completar a mesa com teorias teatrais e cinematogr�ficas. A linguagem do cinema tamb�m precisava sentar-se. Caos. Distanciamento de objetivos.

A solu�?o seria concentrar-se no que era essencial. Voltar�amos, ent?o, ao conceito de arte. Perguntei-me in�meras vezes no que ela consistiria. �O que � arte? E sua fun�?o, qual �?!� Como cr�tica, de que adiantar� minhas palavras? E minha resposta norteou a an�lise do filme. Ela, al�m de ser a pr�pria an�lise, tornou-se respostas pessoais ?s perguntas que puseram abaixo as outras id�ias anteriores a ela. � resposta, � proje�?o, � tentativa, � um luxo: � usar as palavras e codificar, quando o imperativo corre na contram?o. E pouco se importar.

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