"todas as minhas conviccoes nao eram, na verdade, conviccoes, mas apenas pressentimentos, porque eu nao podia provar as minhas impressoes perante mim mesma" Dostoiévski, Nietótchka

quarta-feira, outubro 19, 2005

sobre o movimento estudantil

o acordar

surtada, insone, fudida. olhos inchados clamam por mais uma palavra d�cil. "nao, por favor". apesar de minhas s�plicas ela senta-se na cadeira ao meu lado e chama meu nome. ela, cuja voz me embriaga, chama por mim de novo. tem de ser agora, voce sabe disso! � verdade, minha pequena, eu soube que nao teria mais tempo e, ainda assim, tentei.

ent?o entram luzes, o ar p�ra, ambiente quente. mais cafe�na e nicotina logo pela manha. mais �lcool para sarar a dor que n?o pode ser interrompida - sim ela pe muito importante, muito potente... sublime. Fechar os olhos por um �ltimo instante de calma; momento ainda meu, exato para estar, incerto, ins�lito, emergencial. E imagino. E penso. Fracao de segundo eternizado para as outras vezes em que lembrar-me de algo qualquer. n?o importa o objeto, nao saliento nada de relevante, nao quero ser mais importante de novo. e fim para meu �ltimo suspiro na cama.

come�a mais um dia de luta.
e o que ser� que ser�, que ser� que ser�?
(ai dessa est�pida ret�rica)
renovacao. concordar e excecutar. "quem pode mais que eu", ela fica perguntando-se. (risos do autor). brincou com os outros, atuou de idiota, doistoi�vsk que reescreva-se, e acreditou ingenuamente que mudaria alguma coisa.

analisando as conjunturas indaga: "o que?" algo a ser refeito, querida?! (claro: eu quem pergunto)

interrup�oes

segunda-feira, outubro 17, 2005

Depois da Terapia - Rejei�?o

.ainda no diva

a campanhia toca e eu menciono. mais um sinal do medo que tenho da rejeicao. sorrio de leve como quem n?o importa-se, mas aquelas palavras de despedida machucam-me. nunca tenho o bastante, � verdade. e sou ingenua o suficiente para acreditar nas mentiras que contam-me.

meu trabalho de parto foi for�ado e dolorido. nasci prematura e estou aprendendo equilibrar-me nos p�s. n?o sei em que mao segurar. s� aprendi a dizer: "nao me use novamente!"

sexta-feira, outubro 14, 2005

em caso de fim

em caso de fim


aqui. nao sei se estou ou se passo. tbm desentendo muitas outras coisas. questiono a existencia de c�u e inferno, se voc? franze a testa agora. tamb�m estou preocupado, nso sendo eu, entretanto, o objeto de tal sentimento.

morri? talvez eu nem saiba. o que torna esse misterioso fato tso diferente e aliciador � sua porcao de desconhecido. por esse mesmo motivo me embriaguei e fiquei fora de mim. assim tamb�m estasiei-me durante sess?es de terapia e jogos de volley. descobri-me. que h� al�m disso para se fazer?!

todos os poetas, fil�sofos buscaram a essencia e eu encontrei-a em mim, imensur�vel que �. e ca�, entao, na tristeza, visto que tantas coisas e outras. visto que nem mesmo eu era eu, sabendo que eu era essa pessoa de mim que sempre fui. acreditei na veracidade do fato: � necess�rio anular-se para viver em sociedade. e o suic�dio anularia a factualidade disso. nao anular-me-ei em prol de porra nenhuma. sofri e sofro. sofrerei ainda?

suas atitudes n?o merecem mais explica�?es... foda-se

"foda-se"
perdi a conta das vezes que desejei tal. perdi a conta tbm porque eu ja nao quero contar mais nada e saber de mais nada. banquei a respons�vel. ai... banquei? pode ser que nao. pouco importa quando eu sei que nao fui. eu sou o cavalo atropelado a beira da estrada deserta. foi suicidio. foi paixao pela vida, pela adrenalida que Ela causa e provoca.

s� queria dizer que quero leite, pao e queijo para o caf� da manh?. solto um put a keep a real e ningu�m me escuta, ningu�m importa-se. colo... olhares... toques... sorrisos... todos embrulhados com mist�rio perdido. foram classificados como obssessivos, enquanto eu os exclamaria verdadeiros, necess�rios!!

mas voc? ignorou, apesar de hesitar. � uma pena, nao?!

sobre aline

passado?

ela reclama e eu dou corda para sua irritacao. quero-a?! ainda nao sei. diria ?s pessoas que "nao vale a pena arriscar a amizade que constru�mos por uma ficada" e condordo com esse ponto de vista, com esse meu modo de enxergar a situacao. entretanto, e sempre haver� deles, de certa forma eu quero-a ineg�velmente. percebe-se pelo jeito que paquero sua foto e divirto-me com seu jeito. denuncio-me atrav�s de olhares e gestos?! talvez ela entenda simplesmente que eu sou assim. e sou mesmo, mas me aproveito desse jeito de ser.

baixinha, ela fala pelo nariz e ri por ele tbm. linda. engra�ada. compat�vel, poderia dizer se acreditasse. mas nao acredito. talvez por simplesmente n?o querer convencer-me das evidencias. eu nao sei, nem quero saber. instintos rugindo forte, alto... e agora?!

terça-feira, outubro 04, 2005

o recado em forma de resposta de prova

.da necessidade da arte, seja ela quem ou o que for

preciso ou quero? vic�o incont�vel tamb�m �s, indefinida amante. como espelho, declaras a mim uma face. sinto-a. e ofereco-te em troca uma construcao: o self. quem se representa ou � representado? penso... h� uma necessidade apenas: desejar. e minha certeza � que �s Tu a mais desejada.

(eis o recado em forma de resposta de prova)